terça-feira, 31 de agosto de 2010

Magia negra e mortes em série (Fonte: EXTRA. Quinta-feira 22 de julho de 2010)

A matéria em questão publicou foto, segundo a notícia, do mentor dos crimes, em um ritual, utilizando indumentária típica de uma entidade dos cultos afro-brasileiros: Exú.


A associação dos cultos afro-brasileiros à magia negra e à prática de crimes, que pode ser suscitada pela foto publicada, além de configurar uma inverdade, é um desserviço ao esforço da própria mídia em prol do esclarecimento da sociedade e ao combate à intolerância religiosa.

Nós, da Coordenação do INTECAB-RJ, ressaltamos que os valores, tradições, costumes, mitos e divindades dos cultos afros-brasileiros não aceitam e não compactuam com práticas criminosas e delituosas: “O trabalho e as pessoas de cada divindade , as ações humanas e ofensas rituais estão sob inspeção regular.. do Criador de todas as coisas dos seres humanos... e... também o juiz de todos. Para este fim, Exú é designado para inspeção geral da conduta de todos” (Beniste, 2000. Òrun, Àiyé). Esta é apenas uma das atribuições dessa Entidade que sempre é associada, pelo desconhecimento das pessoas, ao mau.

Infelizmente, delitos e crimes podem ocorrer em qualquer segmento da sociedade, inclusive no seio das religiões. Contudo, isso não significa que as religiões são falhas. Falho é o ser humano que, com seus desvios, imperfeições, paixões, ignorância, equívocos, arrogância, orgulho, desconhecimento, denigrem, maculam e desvirtuam as práticas religiosas, corrompendo-as com os seus atos e ações.

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