quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Cais do Valongo reconhecido pela UNESCO

O Cais do Valongo foi reconhecido pela Unesco como patrimônio da diáspora africana.

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noticias/efe/2013/11/20/porto-que-recebeu-1-milhao-de-escravos-e-declarado-patrimonio-pela-unesco.htm


Relembrando PALMARES


20 de Novembro de 2013


 Relembrar é preservar e homenagear a memória daqueles que fizeram História!


PALMARES
Breve Revisão Histórica

Nos primeiros dias do século XVII, cerca de 30 ou 40 escravos, fugidos dos engenhos de Pernambuco, chegaram à serra da barriga, bem no interior do atual Estado de Alagoas. Era uma região de solo fértil e vegetação abundante, com extensos palmeirais. Por isso, seus novos habitantes chamavam-na Palmares. Apesar de vigiadas as fazendas, os negros conseguiam escapar e penetrar nas matas. Os aprisionamentos, o regresso às fazendas e os castigos não desestimulavam as fugas.
Assim, aos poucos, centenas e centenas de negros fugidos foram formando núcleos que proliferaram por todo o Nordeste.
O crescimento da aldeia, que passou a abrigar mulheres obtidas nos assaltos contra as vilas próximas, fez percorrer nas fazendas a notícia de que havia uma região em que os negros viviam livremente.
Nascia o sonho dos escravos. Palmares transformou-se em objetivo a ser alcançado, na realidade uma obsessão.
Apesar do aumento da vigilância e da severidade dos castigos, a expectativa de uma vida livre recompensava os sacrifícios.
A invasão holandesa em Pernambuco propiciou a expansão e o fortalecimento dos quilombos. A preocupação com  a defesa da província fez os senhores de engenho descuidarem-se da vigilância das fazendas. Centenas de escravos passaram a fugir, transformando Palmares, de um núcleo de negros fugitivos, em um verdadeiro estado negro dentro da colônia portuguesa.
Reuniram-se em Palmares um total de quase 20.000 negros, oriundos de diversas regiões da África, com costumes e dialetos diferentes, e nascidos no Brasil, sob a influência da cultura dos brancos. Em número muito pequeno, juntavam-se ao grupo índios, ex-escravos, mestiços e até alguns brancos.
Os quilombos de palmares estavam organizados em dezenas de mocambos, aldeias distanciadas uma das outras, com vida quase independente e com chefes próprios, escolhidos entre os que haviam pertencido à nobreza na África.
Cada mocambo tinha a sua própria organização. Mas, dois fatores os uniam: o código de justiça, que punia com a morte o crime, o roubo e a fuga; e o sistema de defesa com base em postos de observação espalhados em lugares estratégicos da região. Nos tempos áureos, Palmares chegou a estender-se por mais de 60 léguas, em vasta zona de florestas, numa faixa de terra paralela ao litoral, que ia do cabo de Santo Agostinho às margens do rio São Francisco.
Seus principais líderes foram Ganga Zuma e Ganga Zona, chefes mocambos mais importantes que se destacaram na defesa contra as primeiras expedições luso-espanholas e mais tarde holandesas. Ao que parece, eram tios daquele que chegou a ser o maior chefe dos Palmares, misto de guerreiro, rei e deus, que se tornaria um mito – Zumbi dos Palmares.
As primeiras expedições organizadas contra Palmares datam de 1644 e partiram dos holandeses, já senhores da região. Os portugueses também combateram os palmarinos de 1648 a 1688. 25 expedições fracassaram e não conseguiram destruir aquele reduto.
Crescendo numérica e economicamente, Palmares chegou a manter comércio com as Vilas do Sirinhaém, Penedo, Porto Calvo e Alagoas. Produtos agrícolas, caça, pesca e cerâmica eram trocados por ferramentas, instrumentos agrícolas e armamento. Palmares tornou-se um centro de resistência contra a escravatura, em pleno século XVII. A primeira vitória do Governo de Pernambuco ocorreu em 1671, quando foram presos 200 palmarinos pela expedição chefiada pelo Tenente Antonio Jacomé Bezerra.
Até 1687, novas investidas contra Palmares foram realizadas. Os negros, apesar de já menos poderosos, continuaram a fazer frente aos ataques inimigos. Após seis anos de preparação, em 1693, marcharam as forças do governo contra Palmares. Esperavam caçada. Encontraram luta, guerra dura. Atacando um dos mocambos, encontraram a resistência de Zumbi. Tombaram, nesse confronto, 800 homens de ambas as partes. Palmares resistia. Os ataques de 23 a 29 de janeiro de 1694, realizados por um exército de 6.000 homens, mostraram a necessidade do uso de artilharia que foi requisita então do Recife. A 6 de fevereiro de 1694, os tiros de canhões abriram brechas na cerca do mocambo para a invasão dos soldados. Mesmo ferido, Zumbi conseguiu fugir e só foi aprisionado quase dois anos depois.
No dia 20 de novembro de 1695, tombou Zumbi, decapitado por André Furtado de Mendonça que levou a cabeça do valente guerreiro negro para Recife. (FONTE: História do Brasil – Vol. II, p.481 – Bloch Editores – Homenagem ao Brasil no 150º Ano da sua Independência)

domingo, 17 de novembro de 2013

sexta-feira, 15 de novembro de 2013

3º Prêmio Nacional Jornalista Abdias Nascimento

Convidado para a Cerimônia de Entrega do Prêmio Abdias Nascimento 2013, organizada pela Comissão de Jornalistas pela Igualdade Racial (Cojira-Rio), do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro, no dia 11NOV2013, no Teatro Oi Casa Grande, o INTECAB prestigiou o evento representado pela sua Coordenação no Rio de Janeiro.

Em grande noite de homenagens, jornalistas são reconhecidos por sua contribuição ao combate ao racismo e ao desenvolvimento do país

 Fonte: http://premioabdiasnascimento.org.br/w/noticias-do-premio/302-premio-abdias-nascimento-2013-anuncia-vencedores.

Também foram homenageadas na cerimônia as jornalistas gaúchas Jeanice Ramos e Vera Daisy Barcellos, do Núcleo de Jornalistas Afro-brasileiros, do Sindicato de Jornalistas Profissionais do Rio Grande do Sul. Elas foram precursoras ao discutir nos sindicatos da categoria formas de organizar jornalistas contra o racismo na imprensa e se tornaram referência.
(http://premioabdiasnascimento.org.br/w/noticias-do-premio/300-4-11-premio-abdias-nascimento-faz-homenagens-a-jornalistas-gauchas)

Para conhecer mais detalhes sobre o Prêmio Abdias Nascimento, visite o site abaixo:


Você poderá, também, acessar o conteúdo das reportagens premiadas, visitando o site abaixo: