quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Entidade Espiritual apontada como responsável por crime (Fonte: EXTRA . Sexta-feira 27 de agosto de 2010)

A condenação judicial de qualquer pessoa é um fato doloroso para a sociedade. Consternação maior nos acomete, praticantes que somos dos cultos afro-brasileiros, quando vemos ser atribuídas às Entidades Espirituais a responsabilidade por crimes que infelizmente ocorrem neste mundo.


Muito se fala sobre a influência de maus Espíritos. Contudo, deixamos escapar as oportunidades de refletir como podemos neutralizar a sua influência. É preciso que tenhamos sempre em mente que a “nenhum Espírito é dada a missão de praticar o mal. Aquele que o faz fá-lo por conta própria, sujeitando-se, portanto, às conseqüências. Pode Deus permitir-lhe que assim proceda, para vos experimentar; nunca, porém, lhe determina tal procedimento. Compete-vos, pois, repelí-lo.” (Kardec, O Livro dos Espíritos, Cap. IX. FEB).

O livre arbítrio, que caracteriza o ser humano, é a defesa daqueles que carregam a responsabilidade da mediunidade contra quaisquer influências negativas que configuram, se ocorrerem, “instrumentos próprios a pôr em prova a fé e constância dos homens na prática do bem” (Kardec, O Livro dos Espíritos, Cap. IX. FEB). Conseguiremos repelir sempre as influências negativas por intermédio do bom senso, do discernimento, do conhecimento, da informação, das nossas ações e intenções. Essa atitude facilitará a aproximação e o trabalho dos nossos protetores e mentores espirituais no cumprimento da missão de caridade que receberam e da qual somos apenas instrumento.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Magia negra e mortes em série (Fonte: EXTRA. Quinta-feira 22 de julho de 2010)

A matéria em questão publicou foto, segundo a notícia, do mentor dos crimes, em um ritual, utilizando indumentária típica de uma entidade dos cultos afro-brasileiros: Exú.


A associação dos cultos afro-brasileiros à magia negra e à prática de crimes, que pode ser suscitada pela foto publicada, além de configurar uma inverdade, é um desserviço ao esforço da própria mídia em prol do esclarecimento da sociedade e ao combate à intolerância religiosa.

Nós, da Coordenação do INTECAB-RJ, ressaltamos que os valores, tradições, costumes, mitos e divindades dos cultos afros-brasileiros não aceitam e não compactuam com práticas criminosas e delituosas: “O trabalho e as pessoas de cada divindade , as ações humanas e ofensas rituais estão sob inspeção regular.. do Criador de todas as coisas dos seres humanos... e... também o juiz de todos. Para este fim, Exú é designado para inspeção geral da conduta de todos” (Beniste, 2000. Òrun, Àiyé). Esta é apenas uma das atribuições dessa Entidade que sempre é associada, pelo desconhecimento das pessoas, ao mau.

Infelizmente, delitos e crimes podem ocorrer em qualquer segmento da sociedade, inclusive no seio das religiões. Contudo, isso não significa que as religiões são falhas. Falho é o ser humano que, com seus desvios, imperfeições, paixões, ignorância, equívocos, arrogância, orgulho, desconhecimento, denigrem, maculam e desvirtuam as práticas religiosas, corrompendo-as com os seus atos e ações.

Excelência jornalística 2010 (Fonte: EXTRA . Quinta-feira 22 de julho de 2010)

Com muita satisfação vimos o jornal EXTRA receber mais um prêmio – de Excelência jornalística 2010, conferido pela Sociedade Interamericana de Imprensa (SIP) – proporcionado pela infografia Candomblé, com reportagens de Clarissa Monteagudo e arte de Ary Moraes. A série de reportagens, publicadas entre os dias 25 e 31 de janeiro de 2009, abordou o preconceito contra as religiões de matriz africana no Brasil. Este foi o segundo prêmio conquistado. Em maio do corrente ano, o EXTRA recebeu, também, na categoria imprensa, o Prêmio Camélia da Liberdade 2010, pela mesma realização. A data de premiação, día 31 de maio, marcou igualmente o lançamento do blog de religiões do EXTRA Online, com conteúdo voltado para defesa da liberdade religiosa na Internet. Os nossos cumprimentos aos realizadores pela contribuição no processo de informação e esclarecimento da sociedade, ação fundamental para o combate à intolerância religiosa.